sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Crônicas - Profª Claudia - Língua Portuguesa


Lembranças do meu adorado Rato
Quando tinha 5 anos ganhei meu primeiro bichinho de estimação de meu pai Geraldo, que o chamei de Focinho, a minha paixão era aquele ratinho fofinho, eu ia ao mercado lá estava ele, ia a praça e Focinho estava lá. Mas logo que o ganhei levei para a minha escola escondido coisas de criança, fiz de tudo para que ele pudesse ter ar e ficasse bem escondido mesmo. Chegando lá no momento de ir pegar meu material dei um grito de tremer, todos olharam para mim assustados e a professora disse:
-Madalena por que está gritando desta maneira?
-Meu rato sumiu!
A escola parou atrás do rato de Madalena uns ajudando na busca, outros gritando de pavor e nada de ele aparecer, foi o dia mais triste que uma criança poderia ter, até que ligaram para minha mãe Dorotéia e meu pai Geraldo e eles vieram imediatamente.
Depois de levar uma advertência fui para casa chorando e abri minha mochila para pegar o chocolate que afogava minhas mágoas e bam! Lá estava o meu Focinho sai pulando de alegria.
Daquele dia em diante aprendi a lição, mas minhas ideias e sonhos de criança não terminaram. Ah, quantas lembranças de meu adorado rato!
autora: Tamires Costa 1 ano D




Chevrolet OPALA
        Quando criança, costumava brincar na rua atrás de casa, onde a estrada ainda era de chão batido, sem nenhum vestígio de asfalto, ou qualquer outra coisa do tipo, rodeada por flores plantadas por nossas vizinhas que enchiam o ar com um cheiro leve e adocicado. Em um desses dias rotineiros de uma criança comum, me deparei com um automóvel estacionado no final da rua, era grande e robusto, com a frente larga, tinha a tonalidade laranja e com duas enormes faixas pretas no capô.Como toda criança é curiosa, resolvi me aproximar um pouco mais do carro, seu interior, era todo de couro preto e havia detalhes em um tom de madeira em seu painel, com um grande símbolo estampado em seu enorme volante, como ainda não tinha um conhecimento sobre automóveis , resolvi voltar pra casa e deixar o grande veiculo pra trás. 
         Chegando em casa fiquei da janela do meu quarto admirando a beleza do automóvel, até que eu me deparei com um homem calvo, de estatura mediana descendo as escadas com uma chave na mão e indo em direção ao veículo, com um giro de chave o mesmo abriu a sua porta e de sentou suavemente em seu banco, fechando a porta delicadamente e dando a partida.Seu ronco era forte com leves acelerações, pedindo para ser guiado, o senhor por fim acelerou e partiu com o mesmo rua à cima, saindo desta forma do meu campo de visão.
  Com um lápis e uma borracha em mãos tentei fazer um réplica do símbolo que vi esculpido no centro de seu volante.Terminado o mesmo, levei-o até meu pai, que tinha um conhecimento bem maior que o meu neste tipo de assunto, ele pegou o caderno de minha mão, observou por alguns segundos aquele símbolo e me respondeu com sua voz rouca e cansada devido ao trabalho duro: 
          - Esse símbolo, meu filho, é da General Motors, conhecida também como Chevrolet.
          Instantaneamente abri um sorriso largo, de orelha a orelha, pegando o caderno da mão de meu pai e voltando a admirar o desenho, o símbolo da denominada Chevrolet. Meu pai olhando pra minha alegria, diz:
          -O que lhe chama tanta atenção neste desenho, meu filho? 
          Sem saber o que responder voltei ao meu quarto e continuei a admira-lo, perguntava a mim mesmo: "que carro é aquele?" , "O que um veículo tão exuberante faz em um lugar como esse?" .
          No dia seguinte, acordei cedo e como de costume, voltei até “ a rua dos fundos” como era chamada por nós ali da vila. O veículo estava lá novamente, já empoeirado devido a estrada não ser asfaltada, fiquei por horas o admirando, até que senti uma mão pesada e áspera me tocar a cabeça, era meu pai a me olhar com um olhar tranquilo e sereno, deslizando a mão sobre meus cabelos, me pergunta: 
           -É por isso que queria saber sobre aquele desenho, não é?
           Eu com a cabeça colada em seu corpo,faço um sinal de positivo.Ele apontou para o carro e me disse:
           -Aquele filho, é o Chevrolet Opala. 
           Meus olhos se arregalaram, meu coração bateu mais forte e acelerado, tinha realizado o que mais sonhava naqueles 3 dias: saber o nome do carro por qual me apaixonei.
           Na manhã seguinte, meu pai me levou para dar juma volta pelo bairro, paramos em uma panificadora ao lado de um telefone público para comprarmos pão e tomarmos café, ao lado da panificadora havia uma loja de brinquedos, onde encontrei uma miniatura daquele automóvel, que conseguiu tomar minha atenção, meu pai, vendo a felicidade estampada em meu rosto, contou os trocados que tinha na carteira e me comprou a miniatura. Fiquei dias e dias sem tirar o olho daquele brinquedo, que já havia ocupado o lugar de favorito.
           Os tempos se passaram e nunca mais vi o carro por lá, diziam que era de um sobrinho do vizinho que estava de passagem por lá,agora, me encontro com 19 anos, tenho meu próprio Opala, igualzinho aquele, a miniatura ainda fica na parte mais alta da escrivaninha do meu quarto, ao lado de muito outros. No fundo todos nós continuamos sempre crianças, o que realmente muda é o tamanho do brinquedo.
autor: Leonardo Rosso 1 ano C



Parabéns Tamires e Leonardo! Vocês arrasaram!
Equipe Gestora e Profª Claudia